08/08/2011
Oficina "1 Mentira x 1 Ficção = ½ Verdade", com Fabio Morais
Ementa:
A ideia de ficção é estranha às artes plásticas, levando-se em conta que seus dois pilares históricos têm a verdade como um valor: o figurativo, que é uma representação ou interpretação do real através da visualidade; e o abstrato, que estabelece uma verdade formal em si. A arte conceitual dos anos 1960-70, com suas raízes em Marcel Duchamp (1887-1968), flertou com a ficção e a mentira, abrindo outras possibilidades para a natureza das artes visuais.
Programa
1º encontro:
A ficção em Marcel Broodthaers
Arte e literatura fictícias: Sophie Calle (Double Jeux) e Paul Auster (Leviatã). Diferenças e semelhanças entre a ficção na literatura e nas artes visuais.
Obs. No próximo encontro, os participantes devem vir munidos de informações sobre como era a produção de artes visuais em Florianópolis, em 1988. Esses dados alimentarão a criação dos autores, obras, curadoria e texto curatorial falsos.
2º encontro:
Biografia e personagem inventado em artes visuais: Marcelo do Campo (Dora Longo Bahia) e Duda Miranda (Marilá Dardot e Matheus Rocha Pitta). Análise das ideias literárias de narração, ficção e construção de personagem, e de como esses procedimentos acontecem em arte visual.
Proposta: Será levantada a produção artística de Florianópolis em 1988, para que seja criada a ficção de cada participante, dentro deste contexto histórico.
Será produzido um catálogo desta exposição fictícia que teria acontecido em 1988 em Florianópolis, com uma obra de cada participante.
3º encontro:
Apresentação, discussão e produção do catálogo/fanzine com as propostas de cada participante.
Sobre o ministrante:
Fabio Morais (São Paulo, 1975) é artista plástico graduado pela Fundação Armando Álvares Penteado e mestrando na Universidade do Estado de Santa Catarina, UDESC. Sua mais recente exposição individual foi Te Iludo, Galeria Vermelho, São Paulo, em 2010. Tem participado de exposições coletivas como El Mal de Escritura (MACBA, Barcelona, 2009), 29a Bienal de São Paulo (Fundação Bienal de São Paulo, São Paulo, 2010), 8a Bienal do Mercosul (Fundação Bienal do Mercosul, Porto Alegre, 2011) e The Spiral and the Square (Bonnierskonsthall, Estocolmo, 2011). Parte substancial de sua produção artística usa o livro e a publicação como obra, meio e suporte, e já publicou livros como Sebo (CCBB, São Paulo, 2007) e blá blá blá (par(ent)esis, Florianópolis, 2009), ambos em parceria com Marilá Dardot, O Performer (edição do autor, 2009), Diccionario para Road Movie (Kitschic Ediciones, Barcelona, 2010), ARTE E MUNDO APÓS A CRISE DAS UTOPIAS (par(ent)esis, Florianópolis, 2010) em parceria com Daniela Castro, e Fabio Catador (Coletivo Dulcinéia Catadora, São Paulo, 2011).
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